Tancredo Neves
TANCREDO DE ALMEIDA NEVES (1910-1985)
Tancredo Neves nasceu no dia 4 de março de 1910 em São João Del Rei, Minas Gerais. Diplomou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais e iniciou sua carreira política em 1933, quando filiou-se ao Partido Progressista.
Com a decretação do Estado Novo getulista, em 1937, interrompeu sua carreira, voltando à política em 1945, com a queda do Estado Novo. Foi eleito deputado federal em 1950 e em 1953, com o apoio de Juscelino Kubitschek, foi ministro da Justiça. Exerceu também os cargos de Primeiro-Ministro no governo de João Goulart e de governador do Estado de Minas Gerais em 1982.
Tancredo aceitou o desafio de se candidatar à Presidência da República e, com o apoio de Ulysses Guimarães venceu as eleições, sendo eleito o primeiro Presidente civil em mais de 20 anos, no dia 15 de janeiro de 1985. A posse estava prevista para o dia 15 de março mas, na véspera, Tancredo foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais e José Sarney tomou seu lugar interinamente. Depois de sete cirurgias, veio a falecer em 21 de abril de 1985, aos 75 anos de idade, vítima de infecção generalizada.
Vigésimo Terceiro Período de Governo Republicano
15.03.1985 a 15.03.1990
Nascimento: São João Del Rei-MG, em 04.03.1910
Falecimento: São Paulo-SP, em 21.04.1985
Profissão: Advogado
Tipo de eleição: indireta
Votos recebidos: 480 (quatrocentos e oitenta)
Posse: Sua posse, marcada para o dia 15.03.1985, não chegou a realizar-se porque o Presidente eleito adoeceu gravemente na véspera, vindo a falecer no dia 21.04.1985
Observação: A Lei nº 7.465 de 21.04.1986, no artigo 1º, determinou que "o cidadão Tancredo de Almeida Neves, eleito e não empossado, por motivo de seu falecimento, figurará na galeria dos que foram ungidos pela Nação brasileira para a Suprema Magistratura, para todos os efeitos legais"
Após um período negro e violento na História do Brasil, foi eleito o primeiro presidente civil em mais de 20 anos. A ansiedade de todo o país pela sua posse e por uma reorganização da sociedade, ainda amedrontada pelo regime militar, era nítida.
Apesar de indireta a eleição de Tancredo foi recebida com grande entusiasmo pela maioria dos brasileiros. No entanto, Tancredo não chegou a assumir a Presidência. Na véspera da posse foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com fortes dores abdominais e José Sarney toma seu lugar interinamente no dia seguinte, em 15 de março de 1985. Depois de sete cirurgias, veio a falecer em 21 de Abril, aos 75 anos de idade, vítima de infecção generalizada. Deu-se uma comoção nacional, tantas as esperanças que haviam sido depositadas em Tancredo. Em 22 de abril, Sarney foi investido oficialmente no cargo. Governou até 1990, um ano a mais que o previsto na carta-compromisso da Aliança Democrática, pela qual chegou ao poder.
PRESIDENTE DO BRASIL - MORREU ANTES DE TOMAR POSSE
Tancredo Neves
4/3/1910 - São João Del Rei, Minas Gerais
21/4/1985 - São paulo, SP
Tancredo Neves nasceu em São João Del Rei, Minas Gerais, em 4 de março de 1910. Advogado, ingressou na política pelo PP (Partido Progressista), pelo qual foi eleito vereador em São João del Rei em 1935, cargo que exerceu até 1937.
Já pelo PSD (Partido Social Democrático), elegeu-se deputado estadual (1947-1950) e deputado federal (1951-1953). Passou a atuar no ministério a partir de 25 de junho de 1953, exercendo os cargos de ministro da Justiça e Negócios Interiores até o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Em 1954, foi eleito novamente deputado federal, cargo que ocupou por um ano. Foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais (1955) e da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil (1956-1958). De 1958 a 1960, assumiu a Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais (1958-1960).
Foi nomeado primeiro-ministro com a instauração do regime parlamentarista, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Ocupou o cargo de 1961 e 1962. No ano seguinte, voltou a ser eleito deputado federal.
Foi um dos líderes do MDB (Movimendo Democrático Brasileiro), partido criado em 27 de outubro de 1965, a partir do AI-2 (Ato Institucional 2), que decretou a extinção de todos os partidos políticos até então existentes e instituiu o bipartidarismo. Foi reeleito deputado federal seguidas vezes entre 1963 e 1979.
Após a volta do pluripartidarismo, Tancredo foi senador pelo MDB em 1978 e fundou o PP (Partido Popular), partido pelo qual continuou exercendo o mandato até 1982. No ano seguinte, ingressou no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e foi eleito governador de Minas Gerais (1983-1984).
Neste período político, houve grande agitação política em prol do movimento Diretas Já, numa ação popular que mobilizou os jovens e pregava as eleições diretas para presidente. Porém, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática.
Com o senador José Sarney como vice, foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, representando o partido da oposição e derrotando Paulo Maluf, de direita. Na véspera de tomar a posse, em 14 de março de 1985, o político foi internado em estado grave no hospital e o vice-presidente José Sarney assumiu o cargo. Morreu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo.
Representante típico da tradição moderadora da política mineira, Tancredo Neves caracterizou-se pela tendência à conciliação e à negociação, sem prejuízo da consistência de suas posições liberais.
Tancredo de Almeida Neves nasceu em São João del Rei MG em 4 de março de 1910. Em 1932 formou-se em direito em Belo Horizonte. Advogado e promotor de justiça em sua cidade natal, onde em 1935 iniciou a vida política, como vereador e presidente da Câmara Municipal. A seguir foi deputado estadual pelo Partido Social Democrático (PSD), em 1947-1950, deputado federal em cinco legislaturas (1951-1955 e 1963-1978), secretário de Fazenda de Minas Gerais (1958-1960) primeiro-ministro no governo João Goulart, senador (1979-1982), governador de Minas Gerais (1983-1984) e presidente da república, eleito em 1985 pelo colégio eleitoral.
Sua carreira política ganhou evidência a partir de 1953, quando o presidente Getúlio Vargas o fez ministro da Justiça (1953-1954). Enfrentou no cargo uma cerrada pressão da União Democrática Nacional (UDN), que buscava apoio das forças armadas para depor o presidente da república. Nesse período conturbado da vida nacional, que culminou no suicídio de Vargas, Tancredo mostrou firme determinação na defesa da legalidade. Foi um dos articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência e seu influente conselheiro em assuntos políticos e econômicos, embora sem mandato parlamentar.
Em nova situação de crise nacional, após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, Tancredo Neves encaminhou a solução que permitiu a João Goulart assumir a presidência da república, mediante a adoção do regime parlamentarista. Primeiro-ministro em 1961-1962, soube atenuar as tensões políticas, que traziam a permanente ameaça de golpe militar. Com o presidencialismo, renunciou com todo o ministério e candidatou-se à Câmara dos Deputados. Eleito, foi mais uma vez moderador como líder da maioria, mas não conseguiu impedir a queda de Goulart.
Durante o regime militar, Tancredo Neves atuou no movimento nacional pela redemocratização. Em 1965, com a reforma partidária, integrou-se no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Com a extinção do bipartidarismo, foi fundador, em 1979, do Partido Popular, mais tarde, em vista da proibição das coligações partidárias, absorvido pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual Tancredo foi eleito vice-presidente. Eleito em 1983 governador de Minas Gerais, tornou-se nome de consenso das correntes de oposição ao regime.
Derrotada na Câmara dos Deputados a emenda constitucional que determinava a realização de eleições diretas para a escolha do sucessor do presidente João Figueiredo, Tancredo Neves teve seu nome lançado para concorrer no colégio eleitoral, onde a 15 de janeiro de 1985 derrotou o candidato do Partido Democrático Social (PDS), Paulo Maluf. Em 14 de março de 1985, véspera de sua posse, foi submetido a uma cirurgia de urgência, em Brasília, para extirpação de um tumor benigno no abdome, mas seu quadro clínico complicou-se, devido a uma infecção hospitalar, segundo se noticiou. Transferido para o Instituto do Coração, em São Paulo SP, sofreu sucessivas operações, numa longa agonia que emocionou o país. Ali morreu, em 21 de abril de 1985.
Estadista brasileiro nascido em São João del Rei, Minas Gerais, que como representante típico da tradição moderadora da política mineira, caracterizou-se pela tendência à conciliação e à negociação, sem prejuízo da consistência de suas posições liberais.
Filho de Francisco de Paula Neves e de Antonina de Almeida Neves, formou-se em direito em Belo Horizonte (1932) e tornou-se advogado e promotor de justiça em sua cidade natal, onde iniciou sua vida política.
Elegeu-se vereador (1935) e tornou-se presidente da Câmara Municipal.
Com a extinção do PP filiou-se (1937) ao Partido Nacionalista Mineiro, o PNM.
No mesmo ano, com a implantação do Estado Novo pelo presidente Getulio Vargas e o conseqüente fechamento dos órgãos legislativos do país, perdeu o seu mandato.
Depois da queda de Getúlio Vargas, foi eleito para o mandato de deputado estadual (1947-1950) pelo Partido Social Democrático, o PSD, seguindo como deputado federal (1951-1955), período em que sua carreira política ganhou evidência como ministro da Justiça (1953-1954) do governo do presidente Getúlio Vargas.
Em um período conturbado da vida nacional, que culminou no suicídio de Vargas, o político mineiro mostrou firme determinação na defesa da legalidade.
Foi um dos articuladores da candidatura de Juscelino Kubitschek à presidência e seu influente conselheiro em assuntos políticos e econômicos, embora sem mandato parlamentar.
Foi secretário de Fazenda de Minas Gerais (1958-1960) e, durante uma nova situação de crise nacional, após a renúncia (1961) de Jânio Quadros, encaminhou a solução que permitiu a João Goulart assumir a presidência da república, mediante a adoção do regime parlamentarista.
Primeiro-ministro (1961-1962) no governo João Goulart, deixou o cargo quando o regime voltou a ser presidencialista, após plebiscito nacional, e foi eleito deputado federal em mais quatro legislaturas (1963-1978).
Não conseguiu impedir a queda de Goulart e com a reforma partidária (1965), integrou-se no Movimento Democrático Brasileiro, o MDB.
Com a extinção do bipartidarismo, fundou (1979) o Partido Popular e foi eleito senador (1979-1982).
Com a proibição das coligações partidárias, passou para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), do qual foi vice-presidente e eleito governador de Minas Gerais (1983-1984).
Nome de consenso das correntes de oposição ao regime, foi eleito presidente da república (1985) pelo colégio eleitoral, vencendo Paulo Maluf, o candidato do Partido Democrático Social, o PDS, do último presidente militar.